terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Sinais do homem espiritual




  Sinais do Homem Espiritual

O conceito de espiritualidade varia entre os diversos grupos cris­tãos. Em alguns círculos, a pessoa que fala incessantemente de reli­gião é julgada como sendo muito espiritual. Outros aceitam a exube­rância ruidosa como um sinal de espiritualidade, e em algumas igrejas, o homem que ora em primeiro lugar, por mais tempo e mais alto consegue uma reputação de ser o mais espiritual na assembléia.
Um testemunho vigoroso, orações freqüentes e louvor em voz alta podem entrosar-se perfeitamente com a espiritualidade, mas é importante entendermos que em si mesmos eles não constituem nem provam a presença da mesma.
A verdadeira espiritualidade manifesta-se em certos desejos do­minantes. Eles são desejos sempre presentes, fixos, suficientemente poderosos para dominar e controlar a vida da pessoa. Para facilitar, vou mencioná-los, embora não me esforce para decidir sua ordem de importância.
1. Primeiro, o desejo de ser santo em lugar de feliz. A busca da felicidade, tão difundida entre os cristãos que professam uma santidade superior e prova suficiente de que tal santidade não se acha presente. O homem verdadeiramente espiritual sabe que Deus dará abundância de alegria no momento em que possamos recebê-la sem prejudicar nossa alma, mas não exige obtê-la imediatamente. John Wesley falou a respeito de uma das primeiras sociedades meto­distas da qual duvidava terem seus membros sido aperfeiçoados em amor, pois iam à igreja para apreciar a religião em lugar de aprender como tornar-se santos.
2.   O indivíduo pode ser considerado espiritual quando quer que a honra de Deus avance por meio de sua vida, mesmo que isso signi­fique que ele mesmo tenha de sofrer desonra ou perda temporárias. Um homem assim ora: "Santificado seja o teu nome", e acrescenta baixinho: "Qualquer seja o custo para mim, Senhor". Ele vive para honrar a Deus, através de uma espécie de reflexo espiritual. Cada escolha envolvendo a glória de Deus, para ele já está feita antes de apresentar-se. Não é necessário que debata o assunto em seu íntimo, pois nada há a discutir. A glória de Deus é necessária para ele; ele a aspira como alguém sufocando-se aspira o ar.
3.   O homem espiritual quer carregar a sua cruz. Muitos cristãos aceitam a adversidade ou a tribulação com um suspiro e as chamam de sua cruz, esquecendo de que tais coisas podem acontecer tanto a santos como a pecadores. A cruz é aquela adversidade extra que surge como resultado de nossa obediência a Cristo. Esta cruz não é forçada sobre nós; nós voluntariamente a tomamos com pleno conhe­cimento das conseqüências. Nós decidimos obedecer a Cristo e fa­zendo essa escolha, decidimos carregar a cruz.
Carregar a cruz significa ligar-se à Pessoa de Cristo, ser fiel à soberania de Cristo e obediente aos seus mandamentos. O indivíduo espiritual é aquele que manifesta essas características.
4.  O cristão espiritual é também aquele que tudo observa sob o ponto de vista de Deus. A capacidade de pesar tudo na balança divina e dar-lhes o mesmo valor dado por Deus, é o sinal de uma vida cheia do Espírito.
Deus olha para tudo e através de tudo ao mesmo tempo. Seu olhar não repousa sobre a superfície mas penetra até o verda­deiro significado das coisas. O cristão carnal olha para um objeto ou uma situação, mas pelo fato de não ver através dela fica entusias­mado ou deprimido pelo que vê. O homem espiritual tem capacidade para ver através das coisas como Deus vê e pensar nelas como Ele pensa. Ele insiste em ver tudo como Deus vê, mesmo que isso o hu­milhe e exponha a sua ignorância até o extremo de fazê-lo sofrer.
5.   Outro desejo do homem espiritual é morrer retamente em lugar de viver no erro. Um sinal seguro do homem de Deus amadurecido é de sua despreocupação com a vida. O cristão terreno, consciente do corpo, olha para a morte com terror no coração; mas à medida que continua vivendo no Espírito torna-se cada vez mais indiferente ao número de anos que vai viver aqui embaixo, e ao mesmo tempo cuida cada vez mais do modo como vive enquanto está aqui. Não irá comprar alguns dias extra de vida ao custo da transigência ou fracasso. Quer acima de tudo ser reto, e fica feliz em deixar que Deus decida quanto tempo deve viver. Ele sabe que pode morrer agora que está em Cristo, mas sabe que não pode agir erradamente, e este conhecimento torna-se um giroscópio que dá esta­bilidade aos seus pensamentos e seus atos.
6.       O desejo de ver outros progredirem com sua ajuda é outro sinal do homem que possui espiritualidade. Ele quer ver outros cris­tãos acima de si e fica feliz quando estes são promovidos e ele negli­genciado. Não existe inveja em seu coração; quando seus irmãos são honrados fica satisfeito, por ser essa a vontade de Deus e essa von­tade é seu céu na terra. O que é agradável a Deus lhe dá também prazer, e se for do agrado de Deus exaltar outrem acima dele, sa­tisfaz-se com isso.
7.   O homem espiritual faz no geral juízos eternos e não tem­porais. Pela fé supera o poder de atração da terra e o fluxo do tempo e aprende a pensar e sentir como alguém que já deixou o mundo e foi juntar-se à imensa companhia dos anjos e à assembléia e igreja dos primogênitos arrolados nos céus, Um homem assim preferiria ser útil e não famoso, servir em lugar de ser servido.
Tudo isto se realiza pela operação do Espírito Santo que ne!e habita. Homem algum pode ser espiritual por si mesmo. Apenas o Espírito da liberdade pode tornar o homem espiritual.



Trecho extraído do livro: O melhor de A.W. Tozer

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Apologia Cristã


A Missão Farol apoia e defende o direito de respondermos sim, e a altura àqueles que questionam a nossa fé...
Veja. a seguir, a segunda nota da séria 'apologia bíblica para adolescentes'. Nossos adolescentes e jovens precisam aprender a responder a quem questione sua fé. Responder é nosso direito. Responder é nosso dever. Precisamos estar preparados.

www.evangelizabrasil.com/conscienciateen

Apologia Bíblica
José Bernardo
Aos adolescentes, jovens e seus líderes adultos, Igreja do Senhor, paz e alegria. Esta é minha segunda nota sobre a importância e a urgência de uma apologia bíblica para que nossos jovens enfrentem o ataque que sofrem na escola e na mídia.

Conceitos como ‘Estado Laico’, ‘Tolerância’, ‘Minorias’ e especialmente o ‘Pluralismo’, são usados para pressionar a Igreja e a cultura cristã a ceder espaço à dominação de uma oligarquia que não se contenta apenas com o poder legislativo, econômico e policial, a malta que ambiciona perpetuar-se através do domínio da cultura e da consciência das pessoas. Nesse processo, o sistema educacional e os meios de comunicação tornam-se máquinas de doutrinação partidária e a fé de nossos jovens é agredida sem pudor.

A Igreja não está encontrando caminho em uma situação em que é escorraçada do cenário público, oprimida e amordaçada dentro de suas paredes. Então devemos nos lembrar de que já fomos uma invisível minoria. No momento em que o Estado viu os cristãos como religião separada do judaísmo e decidiu lançar sobre eles as culpas e pesares das mazelas sociais, o apóstolo Pedro deu sua instrução para os crentes fazerem apologia a quem lhes questionava a esperança que demonstravam. A instrução que recebemos em 1Pe 3:14-16 é essa: responder!

O direito de responder às pessoas que nos questionam ou que fazem afirmações maldosas e caluniosas é a atitude que Pedro considerou apropriada para o crente em uma sociedade ‘plural’, oposta à nossa fé. É interessante observar que esse direito de resposta a que somos compelidos é considerado direito universal, isto é, inerente a qualquer ser humano, mesmo antes das leis de cada país. Depois, em nossa constituição, esse direito é expresso assim: “é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem;” (Art 5º , Inc V).