terça-feira, 3 de abril de 2012

Nigéria - Guerra civil ou religiosa?




Ataques islamitas a uma igreja e uma violenta reação de jovens cristãos indicam grandes evidências de que a Nigéria está, mais uma vez, enfrentando uma guerra civil religiosa.
Até agora as autoridades não foram capazes de conter essa onda de agressões, sendo que, em alguns casos, até mesmo funcionários do governo estão agindo influenciados por suas crenças religiosas. Quanto aos cristãos, há um sentimento de espírito revoltado e uma luta entre revidar ou seguir os mandamentos de Jesus quando Ele aconselha a dar a outra face.
No domingo, 11 de março, homens-bomba se aproximaram de uma igreja enquanto acontecia o culto das 10h30. Um policial que fazia a segurança do local, desconfiado, atirou nos pneus do carro obrigando uma ação antecipada dos criminosos. A bomba foi acionada mais longe da igreja, matando nove pessoas. Caso o policial não tivesse agido, o tamanho da tragédia teria sido muito maior.
Muçulmanos da seita Boko Haram reivindicaram a autoria do atentado, dizendo ter sido uma ação para vingar assassinatos de muçulmanos. “Nós atacamos lá simplesmente por ser uma igreja e nós podemos decidir ainda atacar qualquer outra igreja”, disse o porta-voz Abu Qaqa à agência de notícias United Press International (UPI). “Nós estamos apenas começando”. O grupo também reivindicou a responsabilidade por outro atentado acontecido duas semanas antes à outra igreja protestante, bem como vários outros atentados em torno da região no dia de Natal.
Em resposta, autoridades policiais disseram que vários jovens cristãos começaram a realizar manifestações que acabaram em violência. A polícia responsabiliza estes  jovens pela morte de 10 pessoas, mas um colaborador da VdM no país afirma que essas mortes foram causadas pelos próprios policiais e não pelos manifestantes cristãos.
Na explosão do dia 11 de março, o colaborador da VdM, quando soube do atentado, dirigiu-se para lá a fim de prestar ajuda e solidariedade. Segundo relatos dele, os jovens da igreja fizeram uma barricada para averiguar se outros carros ofereciam riscos às pessoas que prestavam socorro. Um dos jovens lhe disse que as autoridades muçulmanas mataram cerca de 50 e alegaram depois que essas vítimas eram muçulmanos mortos por jovens cristãos.
Ao observar a cena, o colaborador da VdM disse que, na cena da explosão, havia muitos sinais de tiros e balas de arma de fogo espalhadas pelo local. Mais tarde ele foi até o hospital onde estavam às vítimas do ataque e lá ele encontrou muitos cristãos feridos a bala. “Os atentados suicidas recebem apoio e ajuda do exército nigeriano, pois eles são leais ao movimento jihad. O comandante da Força Especial é muçulmano e, desde que ele assumiu o posto, não há paz na cidade”, afirma nosso colaborador.

Fonte: A Voz dos Mártires - http://www.vozdosmartires.com.br/ 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.